Babi

Babi
uma típica libriana à procura do meu Eu

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Apenas isso

Diz-me uma palavra que me ajude a te esquecer

Porque eu te esqueço, mas não completamente

E com isso deixo de viver muita coisa plenamente


Deixo de embarcar em novos sonhos

Pensando em fantasmas do passado

Achando que as vezes eles voltam

(e às vezes eles realmente voltam)


Mas na ausência da certeza

Fico com algo bem solido

Do que esperanças vans

A todo o tempo querendo desmoronar


Eu só preciso de uma palavra

E que ela seja bem exata

E por favor, seja apenas o que ja espero


Então me diz uma palavra

Só uma já basta

Nem precisa de um milhão

Para acabar com esse turbilhão.

Bmfm

( Poeminha precisando de uma melhor trabalhada, mas a ideia ta legal)


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O amigo


Tive um amigo
Tive muitos amigos
Ou apenas pensei
Que fossem
Foram embora
Tive de ir..

Um amigo
Que tenho certeza
Que 'e
E sempre sera
O seu nome:
Deus
O mais fiel
O que nunca abandonara.

Bmfm

FRAQUEJAR



Tenho medo de na vida derrapar
E cair no mar
E me afogar

Tenho medo de em ti confiar
E cair no mar
E me afogar

Tenho medo de amar
E cair no mar
E me afogar

tenho medo de te amar
E cair no mar
E me afogar

Tenho medo de tentar
E cair
E nao em levantar

Bmfm

Vice e Versa..


Fácil é pensar é

Que posso ser o que quiser

Difícil é saber

Que não sou uma super mulher


Fácil é pensar

Que posso ser o que quiser

Difícil é saber

Que não posso ter você


Fácil é pensar

Que posso ser o que quiser

Difícil é saber

E entender você


Fácil é pensar

Que posso ser o que quiser

Difícil é saber

Que não sou uma super mulher


Que te amo

E não te tenho

Que te quero

A cada momento...


Bmfm

Cores


Minha paixão

Minha mais doce companhia

E a poesia

Onde

Sentimentos e emoções

É o lema de corações

Onde o impossível

Agora ‘e possível

Onde o real e o irreal

Misturam-se

Tomam formas,

Cores..

Poesia,

Permite pedir perdão

As dores do coração.

A luz me observa
tenta me desvendar
que armadura 'e essa
que lhe toma toda?

Bmfm
O som a sonear
o cachorro a latir
o mosquito a zunir
o vento a soprar
o tempo a passar
e eu aqui
sentada
a pensar em ti.

Bmfm

Procura-se


Procura-se

Ando a procura de ti

Mas não de ti especificamente

Porque não me queres

Ando a procura de alguém

Igual a ti

Procuro,procuro

Mas não é o mesmo abraço

E sinto falta de seus abraços

Procuro, procuro

Mas não é o mesmo beijo

E que falta me faz seus beijos

Procuro, procuro

Mas não é a mesma coisa

Eu preciso e de ti

FINAL 1(Vou ver se te acho

Perdido por ai)

FINAL 2(vem pra mim)


Bmfm/06

Tempos que não voltam

Tempos que não voltam

Assim como o tempo passa

Em seus momentos irreversíveis

Sucedem-se também os acontecimentos

Levando grandes sentimentos


Depois que esgotou nosso relacionamento

Por um ano e alguns meses perdurou o sentimento

Em agoniantes e infindáveis momentos


Antes era excessivo o meu pensamento me você

Hoje ‘e raro como a 1º edição dos lusíadas

Como aquela borboleta rara que vimos naquele banco de praça

Naquela madrugada tão estrelada


Eu que pensava que nunca mais amaria

Porque no meu coração só amor para você havia

Era um amor desmedido, incomensurável

Aquele amor ardente e febril


Foi duro agüentar sua ausência

Era a muito sentida

Eu que tinha planos imensuráveis

Sonhos sem dimensão

Que extravasavam em meu coração


Pensei em cometer loucuras a sua existência

Observava com atenção os arredores

Em busca do que me faltava


Você esta sempre oculto, não existia mais

E aquela sensação desagradável so aumentava


Hoje que sobressalto

Já nem penso mais em ti

Aquele olhar longínquo

Encontrou novas imediações

E o passado eu esqueci.


Bmfm/08

Uma grande declaração

uma grande declaração

Eu te amo..

Mesmo que o mundo não queira

Mesmo que não me mereça

Mesmo que tudo se estrague

Mesmo que o mundo o ultrapasse

Mesmo que sua pele se enrugue

Mesmo que o mundo o derrube

Mesmo que tudo se acabe

Que você perca o trabalho

Vire um velhaco abusado

Um alcoólatra desajeitado

Um total desdentado

Um ultrapassado

Mesmo assim

...

Eu te amo!!


Bmfm/06

Será que?


Será que?


Será que amar é crime?

Se for crime pode me prender,

Pois não vou deixar de amar você


Será que amar é viver?

Se for viver nunca morrerei,

Pois tenho amor para dar e vender


Será que o amar tem espinhos?

Se tiver espinhos não tem problema

Aos poucos trocarei por carinhos


Será que amar é sofrimento?

Se for sofrimento eu só lamento

Esse vai ser meu tormento...


Bmfm/05

Mulher Poeta ou poetisa?

Esta primeira postagem não será um poema, entretanto faz parte da estória da mulher poeta, será ela poeta ou poetisa?

Encontrei o texto no site: http://www.overmundo.com.br/overblog/em-defesa-do-uso-da-palavra-poetisa e pensei ser interessando repassar esta indagação. Os próximos posts serão belos poemas.

EM DEFESA DO USO DA PALAVRA “POETISA”*

Jussara Neves Rezende**


Há alguns anos publiquei um artigo intitulado “Poeta ou poetisa?” , no qual defendia o uso do vocábulo “poeta” para designar a mulher que escreve versos. Naquela ocasião, preocupava-me o sentido meio pejorativo que, ao longo dos anos, impregnou a palavra poetisa. Como eram os homens os únicos a terem acesso à educação, as mulheres geralmente não escreviam nada.

Sabe-se que as primeiras escolas voltadas à educação feminina preocupavam-se em ensinar prendas domésticas e as únicas leituras que incentivavam eram a da Bíblia, dos livros de culinária e de romances água-com-açúcar – obras bem diferentes dos textos filosóficos, históricos e científicos com que os rapazes se educavam.

Assim sendo, como esperar que os textos produzidos por mulheres fugissem do óbvio, do lugar comum, do sentimentalismo? Apresentados nos saraus lítero-músicais de fins do século XIX, acompanhados de torradas e chá, os poemas das primeiras escritoras serviram muitas vezes como motivo de riso aos homens presentes, que passaram a associar o feminino da palavra poeta a essa produção literária de baixa qualidade. Como, então, diante de uma escritora que poetou com enorme fôlego, como Cecília Meireles, por exemplo, empregar a palavra poetisa?

Percebem? Era esta a dúvida que me moveu a escrever o texto a que acima me referi. Servi-me, na ocasião, do nome de Otto Maria Carpeaux para validar o que eu dizia. Em um artigo de 1964 ele chamara de “burrice” o uso do feminino da palavra poeta, afirmando que os poetas não têm diferença de sexo, pois a diferença existe apenas entre os que sabem ou não sabem fazer versos. “Cecília Meireles”, observou Carpeaux, “não é poetisa. É poeta.”.

Pareceu-me, então, que a própria Cecília concordava com o crítico, pois no seu antológico poema, “Motivo”, chega a afirmar: “Não sou alegre, nem sou triste:/ sou poeta”. Estes versos de Cecília se tornaram, portanto, no referido artigo, outro suporte à minha argumentação.

Passou o tempo, no entanto, e outras leituras e reflexões foram modificando meu modo de pensar e exigindo um novo texto que contestasse o primeiro, o que me traz aqui.

Não deixei de concordar com Carpeaux quando afirma que “poesia é feita por poetas e por mais ninguém”. Ao contrário, concordo especialmente com ele quando diz que quem não sabe fazer poesia “não merece o nome de poeta mesmo que tenha escrito cem volumes de versos”. Bravo, Carpeaux! Há muita coisa sendo escrita que não merece o nome de poesia, nem seus autores o de poetas, mas este já é outro assunto.

Sobre a evolução do meu pensamento entre o artigo anterior e este, devo dizer que não incluiu, também, a recusa à voz que canta nos versos de Cecília e se afirma poeta. Continuo a concordar com ela. Ocorre que percebi que tanto a afirmação de Carpeaux quanto a do poema de Cecília referem-se ao criador de poesia como ser universal, independente do seu sexo. Neste sentido, sim, para universalizar o ser poeta, continuo acreditando no uso da palavra no masculino.

No entanto, não posso mais concordar que seja “burrice” o emprego da palavra poetisa, mesmo considerando que com o passar do tempo seu sentido original foi sendo modificado ao incorporar as contribuições dos ambientes nos quais a palavra foi sendo utilizada, mesmo que hoje o vocábulo poeta tenha se tornado um substantivo comum-de-dois-gêneros e possa, sem erro, ser empregado tanto para se referir aos homens quanto às mulheres escritoras de versos.

Não só na língua portuguesa o termo poeta tem um equivalente feminino. O mesmo se dá em todas as línguas, já a partir do grego. Qual a razão para não empregá-lo? A necessidade de enfatizar a universalidade do ser poeta ou da poesia? Que neste sentido se utilize, então, a palavra poeta. Não posso aceitar, entretanto, que essa necessidade nasça do mito de que é preciso mudar a designação de poetisa para a de poeta como se o simples fato de chamar uma mulher de “poeta” melhorasse os seus poemas, atitude no mínimo “machista”, como afirma Gilberto Mendonça Teles.

Para dizer da força poética da portuguesa Florbela Espanca e, assim, distanciá-la das outras, as “poetisas da colméia”, Antônio Ferro a promoveu, num ensaio, à categoria de “poetisa-poeta”. Não posso concordar com uma “homenagem” que, para dizer da grandeza poética de uma mulher – cujos versos enfatizam sua condição feminina – precisa empregar uma palavra masculina.

Sobre esse episódio e tendo em vista o caráter extremamente feminino da poética de Florbela, Natália Correia afirmou que “a homenagem que distingue o gênio poético feminino com o prêmio de lhe masculinar o estro ultraja uma poesia que quer feminizar o mundo”. Concordo hoje com ela. Parece-me, agora, mais correto afirmar que Cecília Meireles e Florbela Espanca – para citar apenas duas escritoras, já que bem longe vai o tempo em que as mulheres não escreviam – são duas grandes poetisas de nossa língua.

* Artigo originalmente publicado no Informativo CESEP, ano IV, nº 38, 29 fev. 2008, p. 08.
** Doutora em Letras pela USP, poetisa e crítica literária.
Folha Machadense, 25 out. 1997.